quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Valentia (comentário)

Ser valente do ponto de vista alquímico (e químico) é possuir significado comparativo. O significado surge para o ser quando se assume como Estrela e encontra a sua própria dimensão de grandeza.

Ser Valente é ter Valor, é existir. Só existem realmente aqueles que são capazes de afrontar as barreiras íntimas bem como as externas. O medo é a Sombra a cantar ao vosso coração, para enganar.

Tu és a Estrela matutina e também a Estrela nocturna, ó Sacerdotisa! Em ti se junta a Lua e o Sol. Tu és o número 8 dos Grandes Arcanos, o número 8 que se deita sobre o horizonte para infinitizar o Ser.

Só em ti o Universo se eterniza. Porém, na tua humildade, deverás ser a infinitésima parte considerada, a infinitesimal Valência do ovo sem a qual não haveria a manifestação infinita.

O medo é uma máscara que a alma põe sobre a sua realidade apavorante: só pode existir sozinha e sem a perversão da Luz que é a Matéria e a Morte.

Os Valentes afrontam a morte para nela se dissolverem e não se importam.

O medo é a máscara que cai para mostrar a falta de Amor que é a desconfiança. Tem confiança! É o apelo que o Mestre te lança. Só na inocência cresce a Valentia. Sê pois inocente e tudo vencerás.

Foste feita para as árduas batalhas, para os apavorantes desafios, para o confronto com todos os Arcanos, não te negues!

Ainda que o véu da personalidade caia aos teus pés sacerdotais e fiques nua e fria num brilho magnético de túmulo, não te negues nunca! Vieste para Valer, não para brincar com as Forças Divinas, como os seres profanos.

Maria (mater)

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