Uma Sacerdotisa não pode ser dominadora nem possessiva. Não busca a que alguma coisa lhe pertença, pois a si própria se não pertence. Recusa a posse como a árvore recusa possuir os frutos que gera no seu seio, para os outros... ou a terra se recusa a possuir as flores para que todos se deliciem com a sua cor e o seu perfume, ou os grãos de cereal com que alimenta o mundo...
Uma Sacerdotisa não detém uma força no seu percurso um homem no seu caminho, uma criança na sua liberdade - pois o mundo caminha para a frente e não para trás, e querer parar uma seta na sua trajectória, é ficar com as mãos ensanguentadas e destruir uma luz pura que antes caminhava sobre o horizonte.
Uma Sacerdotisa não pretende modelar os destinos alheios, ainda que por amor. Submete-se ao Cosmos com humildade, aceitando os grãos de luz que lhe caiem no regaço.
Uma Sacerdotisa não possui.
Maria (mater)
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