A agressividade nasce de uma alma prisioneira de si própria - quem está livre não agride. A agressividade é o mais pestilento fruto da revolta - porque não é mais que angústia que não se consciencializa, não se assume e não se enfrenta.
E lembra, ó Sacerdotisa! A Inconsciência é o único pecado!
A suavidade, ao contrário, nasce da consciência de que tudo está bem no universo - mesmo aquilo que parece estar mal. Suavidade é resignação e nasce da confiança. Esta não julga o motor de todos os acontecimentos - Deus. Não se atreve a tal. Por isso é que o agressivo é orgulhoso: permite-se julgar o que não pode ser julgado e avaliar o que não pode ser avaliado.
A suavidade caminha pelo universo de mão dada com a música: a Harmonia perfeita. Tudo o mais não passa de engano e ruído.
Muitos se envaidecem tomando poses para que os julguem verdadeiros aristocratas. Falam baixo e imitam em seus gestos estudados os gestos simples e espontâneos da Suavidade. Porém, bastará um pequeno desaire, uma pequena pedra no caminho e logo se revelará a mentira construída.
Sabe, ó Sacerdotisa! Terás de renascer de uma nova e Verdadeira Aristocracia, sem pose e sem mentira - a da Suavidade engendrada na Pobreza, no Despojamento e na Humildade, em suma, terás de renascer da Liberdade!
Agressividade e stress são o par maléfico da destruição. O stress é uma mentira inventada pelo demónio: a de que o tempo falta. Não saberás tu que o Tempo é a vestimenta da Eternidade?
E com esses falsos argumentos vos engana a sombra, e vos enfeitiça para que não possais ver a eternidade que existe em tudo.
Começa pois a ver o Tempo como Infinito e acalma o teu coração. E toda a acção terá para ti a dimensão do momento que é o Tempo Eterno.
Maria (mater)
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