A rendição ao Destino constitui a mais alta forma de liberdade para o ser - pois que o Destino foi por ele próprio traçado durante a vida antenatal. Quem se rende ao Destino, rende-se pois, não a um poder impositivo, mas a si próprio.
Rendição não é subjugação - é o reconhecimento de um Poder que nos é Superior. No caso do Ser, o reconhecimento da ascendência do Espírito sobre a personalidade, pois que quem escolhe o Destino da personalidade é o Espírito, durante a vida antenatal, como se disse.
Nunca o Mestre vos dirá: Subjugai-vos ao vosso Destino, mas antes, rendei-vos a ele, como a alma se rende perante a beleza de uma paisagem ou ao voo largo de um pássaro.
Render-se ao destino é querer aquilo que Deus quer - que maior glória?
Se dizeis não conhecer o vosso Destino, meditai sobre ele - pois que está traçado nas linhas de força que constituem a vossa Alma, nas linhas desenhadas sobre a palma das vossas mãos e no mapa que se desenhou no céu no momento do vosso nascimento físico. Tudo são sinais do mesmo Poder.
Não digais que vos podeis enganar, pois quem ouve o seu Eu mais profundo, nunca se engana. Enganais-vos porque apenas escutais essa voz insidiosa dos vossos desejos.
E como podeis conhecer a diferença entre a voz do Eu e a voz da personalidade? Não há engano possível: o Eu fala-vos de Altruísmo e Serviço ao Próximo: a Personalidade fala-vos de Egoísmo e de Serviço Pessoal.
O Destino inclui sempre uma tónica de Serviço, pois o Espírito que o ditou é perfeito e, conhecendo o Plano Universal, colabora com ele e jamais se lhe opõe.
Por vezes acontece que, apesar de ser altruísta, o Destino está errado, pois a sintonia entre o Eu e a Personalidade se tornou difícil e esta interpreta mal as mensagens recebidas. Como o sabereis?
O Destino está errado quando gera insatisfação interior, tristeza e dor. O Destino certo pode gerar dificuldade e sofrimento, mas nunca Tristeza, Dor e Insatisfação na alma.
Quem se rende ao seu verdadeiro Destino mergulha na beatitude cósmica, por mais árdua que a tarefa seja! Por maior renúncia que exija! Por maior sofrimento que implique!
Sofrimento e Dor são coisas distintas: Sofrimento é consequência da rendição ao Destino. Dor é consequência da fuga ao mesmo. Dói-nos porque rejeitamos. Sofremos porque assumimos.
A Dor é o método usado pelos Senhores do Destino, para nos ajudar a conhecê-lo ; o Sofrimento é consequência da Iniciação que ele implica.
A Dor destrói a trama sensível da alma, tal como o fogo destrói a carne ; o Sofrimento fortifica e enobrece a alma, tal como a Vontade disciplina o corpo.
Dor e Sofrimento caminham de mãos dadas. A Dor, porém, é eliminada quando se assume o Destino. Quanto ao Sofrimento, é inerente a toda a manifestação material.
O Cristo IESUS assumiu no Seu Dharma (Destino) o Sofrimento Universal. Ele é o Senhor do Sofrimento e da Libertação através do Sofrimento.
O mais elevado expoente de Sofrimento é simbolizado pela penetração dos Veículos de Cristo no corpo físico do Planeta.
Deus, na Sua terceira esfera manifestativa, é a Senhora - A que se auto-sacrifica emanando uma parte que cede de Si Própria, para o mistério da Criação. Que assim o façam desde já as Suas Sacerdotisas.
Maria (mater)
Sem comentários:
Enviar um comentário